sexta-feira, 5 de junho de 2020

ALTAS HABILIDADES E SUPERDOTAÇÃO

ALTAS HABILIDADES E SUPERDOTAÇÃO 




O que fazer diante de uma criança com altas habilidades e/ou superdotação? Familiares, professores e instituições escolares se veem diante de um impasse. Tratá-lo como um pequeno gênio ou uma criança com habilidades diferenciadas? Quem é essa criança que aprende num ritmo diferente do que a maioria dos outros do seu grupo?
As perguntas e as dúvidas são muitas, mesmo porque pouco se fala sobre isso, até o momento em que elas batem a nossa porta. A família chega trazendo relatos de episódios muitos curiosos sobre o que vem acontecendo na escola e no grupo social do qual fazem parte, que muitas das vezes causam desconforto e estranheza.
Essa criança que aprende a ler com muita facilidade, que sabe contar além dos números que a maioria dos da sua idade conseguem, que tem muita curiosidade em saber coisas novas,  que nem sempre consegue ficar quieto em sala de aula porque já conseguiu fazer as atividades antes dos coleguinhas, que se sente entediado e muitas vezes desmotivado em ir pra escola porque “já sabe tudo”, precisa ser ouvida com muita atenção, e não ser encarada como uma “criança problemática”. Ela é especial tanto quanto uma criança que tenha dificuldades de aprendizagem porque tem necessidades e demandas diferentes das outras, e precisa de atendimento individualizado e direcionado.
A família precisa ser orientada, não apenas pra saber quais são os direitos dessa criança, mas também pra saber lidar com suas altas habilidades. A escola também pode precisar de orientações do profissional que o acompanha, para que o processo de adequação transcorra com facilidade e tranquilidade Esses profissionais geralmente são o Psicopedagogo ou Neuropsicopedagogo e o Neuropsicólogo, que é geralmente quem faz os testes pra identificar as altas habilidades que o Psicopedagogo já via sinalizadas. Identificada a questão, o Psicopedagogo segue com atividades direcionadas respeitando sempre seu ritmo, sua subjetividade e principalmente suas demandas. Não é porque essa criança tenha uma facilidade considerável em aprender, que devamos tratá-los como miniaturas de adultos. Muito pelo contrário, elas precisam brincar, e brincar de forma lúdica, atraente, motivadora. Aprender brincando sempre é mais interessante.
O mais importante de tudo isso é compreender que estamos lidando com crianças, que precisam brincar, que gostam de brincar, e que esse brincar é extremamente relevante pra seu desenvolvimento.
Andréa Pinheiro– Psicopedagoga, Psicanalista/ Mestranda em Psicanálise, Saúde e Sociedade.
(24)99316-8982 whatsapp   andreapinheiroprof@hotmail.com

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