As jogadas da virada do ano
Lacrou. O ano de 2018 chega nos
últimos minutos da prorrogação, quase decisão por pênaltis, e nessa correria de
tentar recuperar o placar, os jogadores da vida comentem faltas, bola fora ,
tiro de meta, tentativas de gols mal sucedidas, e se atropelam, se esbarram,
derrubam os que tentam lhe evitar o ponto que precisa ser marcado. Por que será
que deixamos para resolver ou decidir nos últimos momentos do ano, aquilo que
já deveria ter sido feito desde o início? Por que procrastinamos nossas
decisões até chegar ao ponto da virada do ano para fazermos dos planos antigos
novos planos para o ano seguinte, adiando-os? E nessa virada de data e festas nos
vemos imersos numa correria alucinante de eventos e confraternizações com
pessoas que durante todo o ano muitas das vezes nem ao menos demos um “bom dia”
simpático, um aperto de mão, um abraço. Nos enchemos de dívidas comprando
aquilo que quase sempre nossos orçamentos não permitem, nos preocupamos em
comprar presentes caros e nos endividamos, comemos e bebemos além da conta e
ficamos depois desesperados com os boletos que chegam e com a balança que não
mente o peso dos excessos. E então entramos num novo ciclo, ano novo, velhos
hábitos e promessas. Precisamos rever o que verdadeiramente estamos fazendo
conosco, precisamos nos ouvir, sustentar nossos desejos e bancar ao longo de
todo o ano aquilo que verdadeiramente almejamos, sem procrastinação, discursos
recorrentes, e o bendito “mais do mesmo”, numa espiral que não nos leva a lugar
nenhum, só adia para a próxima data
aquilo que já devia ter sido enfrentado, e acaba virando um sintoma.
Mas, se diferente dos anos
anteriores, você dessa vez se sente incomodado e percebe que há algo pra mudar
e você não apenas quer, mas de verdade “deseja”, recomece o jogo investido na partida,
garantindo as conquistas desde os primeiros momentos do primeiro tempo, sem enrolações
mas sim promovendo estratégias, dribles e boas jogadas. Se no final o resultado
não for favorável, tudo bem, ao menos você não irá se queixar da jogada que
poderia ter sido feita e não foi. Sempre dá tempo de mudar o placar, sem
lacrar, porque quem lacra não lucra nem muda, e a mudança é essencial.
Parafraseando a frase de uma grande escritora ...”A vida não é para amadores, é
para profissionais”. Profissionalize-se!
Andréa Pinheiro-
Psicanalista/ Psicopedagoga
Mestranda em Psicanálise Saúde e
Sociedade
(24)99316-8982 whatsapp
andreapinheiroprof@hotmail.com
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